Trabalhar de casa muitas vezes é visto como algo desejável somente para os funcionários. Ao patrão, restaria a desconfiança sobre o que o subalterno estaria fazendo longe de seus olhos. Mas um estudo recente diz que, na verdade, o chamado home office é bom para todos: ele significa menos tédio para o empregado e mais produtividade para a empresa.
Hoje, cerca de 10% dos trabalhadores americanos têm pelo menos um dia de home office por semana. Com esse dado em mãos, a Universidade de Stanford resolveu investigar o tema. Uma empresa chinesa de telemarketing submeteu 250 funcionários a um teste: uma parte deles trabalharia de casa quatro dias por semana e o outro grupo ficaria nove meses seguindo a rotina normal: da casa para o trabalho, do trabalho para casa.
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A conclusão, segundo registra a Fast Company: a turma que trabalhou de casa teve uma performance 13% melhor do que de costume. Esse número é motivado por duas questões principais, segundo os pesquisadores: os trabalhadores ficavam menos doentes e faziam menos pausas, além de conseguir realizar mais ligações devido ao ambiente silencioso que os cercava.
A pesquisa é um pouco específica, principalmente pelo fato de esse ofício ter metas de produtividade muito claras. Isso não significa que seus resultados não possam servir para ampliar a compreensão que se tem sobre o trabalho remoto.
Um dos méritos do estudo é mostrar que a sensação prazerosa de trabalhar em casa não é revertida em preguiça ou enrolação, mas sim em satisfação profissional e o consequente aumento da eficiência. Até a balbúrdia de um escritório comparada com a calma do seu quarto é uma justificativa que faz sentido.
Para finalizar, mais dois argumentos sobre a eficácia de trabalhar de casa: você ajuda o meio ambiente ao não pegar carro ou o ônibus (grandes emissores de poluentes causadores do aquecimento global) para ir até o escritório e a empresa ainda poupa dinheiro – a companhia citada no experimento diz ter economizado US$ 2 mil por funcionário que ficou em casa.