Em um esforço para ser uma potência verde, o Reino Unido se tornará o primeiro país a exigir que as empresas publiquem relatórios de impactos climáticos em seus negócios, da mesma forma que são exigidos os relatório de resultado. A obrigatoriedade será geral em 2025, mas a partir de 2023 algumas companhias precisarão atender as novas exigências.
A informação foi divulgada nesta semana pelo chanceler do Tesouro Rishi Sunak, o equivalente ao secretário do Tesouro dos EUA, que afirmou que a regra se aplicará à maior parte da economia do país, incluindo empresas listadas em Bolsa, bancos, grandes empresas privadas, seguradoras, gestores de ativos e fundos de pensão regulamentados. A medida ocorre em um momento de maior conscientização ambiental, com muitas corporações globais criando metas para tornarem suas atividades com emissão zero de carbono em prazos diferentes no futuro.
“Estamos iniciando um novo capítulo na história dos serviços financeiros e renovando a posição do Reino Unido como centro financeiro preeminente do mundo. Ao tomar todas as decisões de equivalência que podemos na ausência de clareza da UE, estamos fazendo o que é certo para o Reino Unido e proporcionando às empresas certeza e estabilidade”, disse Sunak.
A questão, agora, é como contabilizar este impacto. Para isso, o Reino Unido conta com a ajuda da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (conhecida pela sigla em inglês TCFD) , organização criada em 2015 e que atualmente é presidida pelo bilionário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg. A partir deste ano, mais de 1.500 organizações expressaram seu apoio ao TCFD, um aumento de mais de 85% em relação ao ano passado, segundo o Wall Street Journal.
Segundo a organização, 42% das empresas com valor de mercado acima de US$ 10 bilhões divulgaram pelo menos algumas informações em linha com os preceitos defendidos pelo TCFD. De acordo com os jornais britânicos, algumas obrigatoriedades de informações ambientais podem ser exigidas, para um grupo específico de empresas, já em 2023.