Cada vez mais pessoas se incomodam em, ao comprar água, gerar uma garrafa de plástico como lixo. Pensando em uma solução para este problema, os empreendedores Fabiana Tchalian e Rodrigo Gedankien estão lançando a Água na Caixa, um novo conceito de se hidratar: ambientalmente e socialmente responsável. “A Água na Caixa busca para atender a este novo consumidor, que busca por marcas que se conectem com a responsabilidade social, que levem a sério o ESG (uma visão ambiental, social e de governança)”, disse Gedankien.
Não se trata apenas de uma nova embalagem para água mineral. O produto deles visa repensar o consumo. A caixa é 82% renovável, ou seja feita quase só de plantas (54% de papel e 28% de plástico de cana-de-açúcar) e 100% reciclável. “Vamos incentivar que a caixa seja reutilizada, temos essa informação na embalagem, somos a primeira marca a falar de reutilização, desenvolvemos a embalagem com uma boca mais larga justamente para isso”, afirmou ele.
Mas a empresa não quer ficar apenas no discurso sobre a reutilização. A startup encomendou ao Instituto Mãos, que reúne artesãs do Vale do Jequitinhonha, 150 filtros de barro para enviar a influenciadores e formadores de opinião com o objetivo de incentivar o consumo de água. No futuro, estes filtros serão vendidos com a marca Água na Caixa. “A parceria é a materialização do desejo de fazer a diferença. Nós estamos fazendo a diferença com a água mineral oferecendo uma alternativa mais sustentável para o consumidor. E o Instituto Mãos faz uma diferença gigante na vida dessas mulheres artesãs e moradores do Vale do Jequitinhonha”, argumenta Fabiana.
Envasada em Pinhalzinho, no Circuito das Águas de São Paulo, Água na Caixa® fará sua estreia nas gôndolas da Casa Santa Luzia em embalagens de 500 ml, e, em breve, também na versão 330ml. Rodrigo destaca, entretanto, que a empresa já fechou acordos com restaurantes e está com conversas avançadas com uma companhia aérea e com redes de hotéis, como o Fasano.
A categoria de embalagens reutilizáveis é estimada em 10 bilhões de dólares globalmente, e a expectativa é de crescimento nos próximos anos. “Estamos iniciando com uma capacidade de envasar até 50 milhões de caixinhas ao ano e a meta de atingir 1.000 pontos de venda em São Paulo e no Rio de Janeiro até o fim de 2021” diz Rodrigo, que com a sua sócia passou os últimos dois anos desenvolvendo o produto.